13 de outubro de 2011 • 14h36 • atualizado às 15h16
A Liga Árabe anunciou nesta quinta-feira que pedirá a ONU o envio de uma comissão internacional para investigar a situação dos presos palestinos nas prisões de Israel. Após uma reunião realizada no Cairo, o Conselho de Delegados Permanentes da Liga Árabe decidiu pedir ao grupo de países árabes em Nova York que façam esta solicitação às Nações Unidas.
Em comunicado, a organização pan-árabe informou que a comissão deverá se assegurar do grau de cumprimento dos pactos internacionais sobre prisioneiros por parte das autoridades israelenses.
Além disso, a Liga indicou que seu pedido respalda a recomendação feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio de 2010 de enviar uma delegação junto à Cruz Vermelha Internacional para investigar as precárias condições sanitárias dos presos.
Esta decisão coincide com a advertência feita hoje no Cairo pelo ministro palestino de Assuntos para os Prisioneiros, Issa Qaraqea, que disse que "é possível que haja uma catástrofe" nas prisões de Israel, se suas autoridades não responderem às reivindicações dos presos palestinos em greve de fome.
Por outra parte, a Liga Árabe anunciou que realizará uma conferência mundial no início de 2012 em sua sede do Cairo para divulgar a causa desses prisioneiros.
Além disso, a organização pediu à Cruz Vermelha Internacional em Genebra para enfrentar sua responsabilidade jurídica e humanitária com os presos palestinos, e intensificar seus contatos com as autoridades israelenses para que cessem as perigosas violações que perpetram.
Nesse contexto, a Liga lembra que esses presos palestinos são prisioneiros de guerra que têm o direito de lutar "contra a ocupação" (israelense).
A organização também exigiu a libertação imediata e incondicional de todos os cidadãos palestinos e de outros países árabes reclusos em prisões israelenses.
A entidade pan-árabe manifestou sua satisfação pela troca de prisioneiros acordada entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas na terça-feira passada e agradeceu ao Egito por seus esforços que tornaram possível o sucesso dessa iniciativa.
Na terça-feira passada, Israel anunciou um acordo com o Hamas no qual está prevista a libertação de 1.027 palestinos em troca do soldado israelense Gilad Shalit, capturado em junho de 2006 por três grupos palestinos em Gaza.
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