Não patrocine massacres. Boicote produtos israelenses.

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Questionamentos a serem feitos sobre acontecimentos atuais na Líbia

De todas as lutas que agora decorrem no Norte de África e no Médio Oriente, a mais difícil de deslindar é aquela na Líbia.
Qual é o carácter da oposição ao regime Kadafi, a qual consta que agora controla a cidade de Bengazi, no Leste do país?
Será apenas coincidência que a rebelião tenha começado em Bengazi, a qual é a norte dos mais ricos campos petrolíferos da Líbia bem como próxima da maior parte dos seus oleodutos e gasodutos, refinarias e o seu porto de gás natural liquefeito (GNL)? Haverá um plano de partição do país?
Qual é o risco de intervenção militar imperialista, a qual apresenta grave perigo para o povo de toda a região?
A Líbia não é como o Egipto. Seu líder, Moamar Kadafi, não tem sido um fantoche imperialista como Hosni Mubarak. Durante muitos anos, Kadafi esteve aliado a países e movimentos que combatiam o imperialismo. Ao tomar o poder em 1969 através de um golpe militar, ele nacionalizou o petróleo da Líbia e utilizou grande parte do dinheiro para desenvolver a economia líbia. As condições de vida do povo melhoraram radicalmente.
Por isso, os imperialistas estavam determinados a deitar a Líbia abaixo. Os EUA em 1986 realmente lançaram ataques aéreos a Trípoli e Bengazi que mataram 60 pessoas, incluindo a menina filha de Kadafi – o que raramente é mencionado pelos media corporativos. Foram impostas sanções devastadoras tanto pelos EUA como pela ONU a fim de arruinar a economia líbia.
Depois de os EUA invadirem o Iraque em 2003 e arrasarem grande parte de Bagdad com uma campanha de bombardeamento que o Pentágono exultantemente chamou "pavor e choque", Kadafi tentou evitar a ameaça de outra agressão à Líbia fazendo grandes concessões políticas e económicas ao imperialismo. Ele abriu a economia a bancos e corporações estrangeiras; concordou com exigências do FMI quanto ao "ajustamento estrutural", privatizando muitas empresas estatais e cortando subsídios do estado a necessidades como alimentos e combustível.
O povo líbio está a sofrer dos mesmos preços elevados e desemprego que estão na base das rebeliões em outros lados e que decorre da crise económica capitalista mundial.
Não pode haver dúvida de que a luta que varre o mundo árabe pela liberdade política e a justiça económica também tocou um ponto sensível na Líbia. Não há dúvida de que o descontentamento com o regime Kadafi está a motivar uma secção significativa da população.
Contudo, é importante para gente progressista saber que muitas das pessoas que estão a ser promovidas no Ocidente como líderes da oposição são há muito agente do imperialismo. A BBC mostrou em 22 de Fevereiro filmes de multidões em Bengazi deitando abaixo a bandeira verde da república e substituindo-a pela bandeira do antigo rei Idris – que foi um fantoche dos EUA e do imperialismo britânico.
Os media ocidentais baseiam grande parte das suas reportagens sobre supostos factos fornecidos pelos grupo exilado Frente Nacional para a Salvação da Líbia (National Front for the Salvation of Libya), a qual foi treinada e financiada pela CIA estado-unidense. Pesquise no Google o nome da frente mais CIA e encontrará centenas de referências.
O Wall Street Journal de 23 de Fevereiro escreveu em editorial que "Os EUA e a Europa deveriam ajudar os líbios a derrubarem o regime Kadafi". Não há qualquer conversar nas salas das administrações ou nos corredores de Washington acerca de intervir para ajudar o povo do Kuwait ou da Arábia Saudita ou do Bahrain a derrubarem seus governantes ditatoriais. Mesmo com todos os falsos elogios às lutas de massas que agora sacodem a região, isso seria impensável. Em relação ao Egipto e à Tunísia, o imperialismo está a mover todas as alavancas que podem para tirar as massas das ruas.
Tão pouco houve qualquer conversa de intervenção dos EUA para ajudar o povo palestino de Gaza quando milhares morrerem por serem bloqueados, bombardeados e invadidos por Israel. Exactamente o oposto. Os EUA intervieram para impedir a condenação do estado colonizador sionista.
O interesse do imperialismo na Líbia não é difícil de descobrir. Em 22 de Fevereiro a Bloomberg. com escreveu: se bem que a Líbia seja o terceiro maior produtor de petróleo da África, é o país do continente que tem as maiores reservas provadas — 44,3 mil milhões de barris. É um país com uma população relativamente pequena mas com potencial para produzir enormes lucros para as companhias de petróleo gigantes. É assim que os super ricos a encaram e o que está por trás da sua apregoada preocupação com os direitos democráticos do povo da Líbia.
Obterem concessões de Kadafi não é suficiente para os barões imperialistas do petróleo. Eles querem um governo sob a sua dominação total, tudo do bom e do melhor. Eles nunca esqueceram Kadafi por derrubar a monarquia e nacionalizar o petróleo. Fidel Castro, em Cuba, na sua coluna "Reflexões" regista o apetite do imperialismo por petróleo e adverte que os EUA estão a lançar as bases para a intervenção militar na Líbia.
Nos EUA, algumas forças tentam mobilizar uma campanha a nível de rua promovendo uma tal intervenção estado-unidense. Deveríamos opor-nos a isto totalmente e recordar a qualquer pessoa bem intencionada os milhões de mortos e deslocados pela intervenção dos EUA no Iraque.
As pessoas progressistas têm simpatia com o que encaram como um movimento popular na Líbia. Podemos ajudar tal movimento principalmente pelo apoio às suas exigências justas mas rejeitando uma intervenção imperialista, seja qual for a forma que assuma. É o povo da Líbia que deve decidir o seu futuro.
Articles copyright 1995-2011 Workers World. Verbatim copying and distribution of this entire article is permitted in any medium without royalty provided this notice is preserved.
Ver também: Faut-il intervenir militairement en Libye ? , de Alain Gresh
O original encontra-se em http://www.workers.org/2011/editorials/libya_0303/
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/africa/libia_23fev11.html

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Gilberto Gil, não arruine a luta palestina pela liberdade: Cancele seu show em Israel

O grupo do BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) pede para fazer circular a carta e dizer que eles estão disponíveis para contato com a mídia brasileira a respeito da carta, claro, se for o caso de conseguirmos maior divulgação do movimento de boicote que está batalhando para que Gil cancele seu show em Israel.

http://boycottisrael.info/content/gilberto-gil-dont-undermine-palestinian-struggle-freedom-cancel-show-israel

Gilberto Gil, Don't Undermine the Palestinian Struggle for Freedom: Cancel Show in Israel!


February 3, 2011
Dear Gilberto Gil,
We are members of a group of over 200 Israeli citizens who support the Palestinian-led cultural boycott of Israel. As an artist who was himself imprisoned and exiled by a military regime in your country, we heard with dismay about your scheduled April 14 concert in Tel-Aviv. The Palestinian Call [1] for Boycott, Divestment and Sanctions (BDS) was issued in 2005 by over 170 Palestinian civil society organizations in order to counter racism and such oppressive mechanisms as mass unlawful expulsion and imprisonment. We are aware that you visited Israel in the past. It is not much due to the act itself but due to its current context that we urge you now to heed the Palestinian Call and cancel your scheduled performance in Israel. By doing so you will stand by a globally growing, human rights-based and non-violent civil society Palestinian initiative.
The BDS Call is the most unitary Palestinian political initiative today. It represents people of all sections who used to live in historic Palestine: Palestinians living under military siege and occupation in the West Bank and the Gaza Strip; Palestinian citizens of Israel, who were subjected to a military regime until 1966 and since then have been facing an apartheid-like systematic racist discrimination by Israel; and Palestinian refugees who were looted and expelled by Israel in 1948 and live with their descendants in refugee camps in Gaza and the West Bank or in exile (some of whom live in Israel). Rather than falsely addressing the colonial conflict in Israel\Palestine in terms of a mere territorial dispute, and refraining to prescribe solutions, the BDS Call is focused on international law and on the rights of the Palestinian people and individuals, which should be the basis for any just and peaceful solution.
The BDS Call is inspired by similar campaigns launched by the indigenous people of South Africa in order to overthrow apartheid there, a struggle in which cultural boycotts played a crucial role in raising global attention to the oppression of the South-Africans. The Call is endorsed by almost the entire community [2] of Palestinian cultural workers and many international supporters. It also inspires and is endorsed by unarmed popular struggle activists such as Bil'in's Abdallah Abu Rahmah who is held for over a year now in an Israeli military prison for the vague accusations of “incitement” and “organizing illegal demonstrations”. Abu Rahmah's imprisonment sparked wide international condemnation: Amnesty international labeled him a prisoner of conscience [3] and the EU repeatedly condemned [4] his persecution. In a letter from prison he encourages his supporters: “you amplified our popular demonstrations in Palestine with international boycott campaigns and international legal actions under universal jurisdiction” [5].
Another human rights activist held in an Israeli prison and recently sentenced to 9 years is Ameer Makhoul. Makhoul is a Palestinian Arab citizen of Israel and General Director of Ittijah, an umbrella organization for about 80 civil society NGOs, which was established by Palestinian citizens of Israel and is one of the signatories of the 2005 BDS Call. Makhoul was brutally arrested by the Israeli Shabak, tortured and denied his legal rights, among them meeting his lawyers. His case was also media gagged at the same time. In his letter from prison he states [6]:
“Based on my experience and on the findings regarding 7,000 Palestinian prisoners in Israeli jails, the Shabak having no evidence does not mean the end of the game. They have their secret weapon, which is the so-called 'secret evidence.' They present it to the judges, but neither me nor my lawyers are allowed to know what it is about. The Israeli system will never blame the state or the Shabak, but will blame their Palestinian victims.“
Makhoul was convicted of making contact with 'a foreign agent', a term so vague in the Israeli security lexicon, as he himself explains: “Israel will never allow its court to declare me as innocent. On the other hand, every Palestinian refugee of Arab friend or partner in the Arab world is potentially considered a so-called 'foreign agent.'”Amnesty International condemned Makhoul's persecution as well. [7]
In order to end such injustices and their inequality-rooted causes, many international artists recently cancelled their scheduled performance in Israel. Some of them and many others explicitly pledged support for the cultural boycott. Here are some of the names and petition lists of such artists: Carlos Santana, Gil Scott Heron, Elvis Costello, Devendra Banhart, Dave Randall [8] and Maxi Jazz of Faithless, Vanessa Paradis, Robert Del Naja of Massive Attack[9], 200 Irish artists [10], 500 Montreal artists [11], the international alliance Artists against Apartheid [12], South-African Artists Against Apartheid [13] and Creative Workers Union of South Africa.
In honor of your anti-racist and human rights legacy, we hope you will add your name to this important and growing international effort.


Sincerely,


Ayala Shani
Liad Kantorowicz
Ronnie Barkan
Shir Hever
Ofer Neiman
Ronnen Ben-Arie
Ohal Grietzer
Dorothy Naor
Yael Oren Kahn
Renen Raz
Rachel Giora
Neta Golan


On behalf of
Boycott! Supporting the Palestinian BDS Call from within
http://boycottisrael.info

[1] http://bdsmovement.net/?q=node/52
[2] http://www.pacbi.org/etemplate.php?id=315
[3] http://www.popularstruggle.org/content/amnesty-international-labels-abdallah-abu-rahmah-prisoner-conscience
[4] http://www.popularstruggle.org/content/eu-condemns-persecution-bilins-abdallah-abu-rahmah-second-time
[5] http://www.popularstruggle.org/content/letter-ofer-prison
[6] http://electronicintifada.net/v2/article11644.shtml
[7] http://www.amnesty.org/en/news-and-updates/palestinian-human-rights-activist-jailed-israel-2011-01-30
[8] Dave Randall (Faithless) on 5fm: I support www.southafricanartistsagainstapartheid.com : http://www.youtube.com/watch?v=XpE5AjsBiqw
[9] http://www.newstatesman.com/music/2010/09/israel-interview-boycott-naja
[10] http://www.ipsc.ie/pledge
[11] http://www.tadamon.ca/post/5824
[12] http://www.artistsagainstapartheid.org/?page_id=552
[13] http://www.southafricanartistsagainstapartheid.com/2010/11/declaration.html

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Extraditar um refugiado ao país onde é perseguido é abrir um precedente perigoso que pôe em risco qualquer refugiado em solo brasileiro

Aqui vai a convocação do Comitê Battisti Livre.




favor passar adiante,convidar as organizações e pessoas. Obrigada. Lúcia Skromov



Fortalecer a campanha pela imediata liberdade de Cesare Battisti!



Quase quatro anos se passaram e Cesare Battisti continua preso no Brasil desde que foi capturado no Rio de Janeiro em março de 2007 através de uma operação orquestrada pelos governos italiano, francês e a Polícia Federal brasileira. A prisão preventiva mantém-se graças às pressões que o governo de Silvio Berlusconi exerce sobre Brasília para que o ex-militante da organização Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) seja extraditado a fim de cumprir prisão perpétua nas masmorras italianas, sendo seis meses com a privação da luz solar. Toda espécie de arbitrariedades políticas e jurídicas foi realizada para condenar Cesare Battisti por quatro assassinatos que não cometeu. No Brasil não é diferente: Lula negou a extradição do escritor italiano, mas devolveu ao Supremo Tribunal Federal a possibilidade de apreciação de sua decisão baseada no Tratado Brasil-Itália celebrado em 1989.



O conservador STF, através de seu presidente Cezar Peluso e do relator Gilmar Mendes, declararam que “tudo será considerado a seu tempo”, sinalizando que arquitetarão novo malabarismo jurídico para prolongar a agonia de Cesare Battisti na penitenciária federal da Papuda, no DF. Com o agravamento das denúncias de pedofilia contra o primeiro-ministro Berlusconi, a classe dominante italiana e o setor mais conservador da sociedade intensificam a caçada ao escritor como forma de desviar o foco da opinião pública dos escândalos em que se encontra envolvido. A perseguição ao ex-ativista é, antes de mais nada, um troféu na guerra deflagrada pelos setores reacionários italianos e brasileiros no combate àqueles que se levantaram contra o regime de exploração lançando mão da ação direta como forma de realizar justiça social. Com isso, os que clamam pela extradição de Cesare Battisti buscam puni-lo exemplarmente como forma de atemorizar os lutadores do presente e do futuro contra qualquer possibilidade de revolta contra as diferentes formas de opressão, super exploração e a retirada de direitos sociais da classe trabalhadora.



Várias entidades, movimentos sociais, organizações políticas, coletivos, ativistas ligados aos direitos humanos e às reivindicações democráticas tiveram a iniciativa de conformar comitês em várias regiões do país a fim de lutar contra a extradição de Cesare Battisti, e exigir seja do STF ou do Poder Executivo sua imediata liberdade e concessão de asilo político no Brasil. Afinal, é de comum compreensão que esta perseguição pode-se voltar contra qualquer um de nós que ouse lutar por melhores condições de vida através da livre organização social. Apenas uma mudança na correlação de forças poderá acabar com a “fuga sem fim” do escritor italiano. Vários debates e manifestações foram realizados no Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Mas estes foram apenas os primeiros passos de uma longa jornada de lutas até alcançarmos nosso objetivo. Para os próximos dias, convocamos aqueles ativistas, organizações, movimentos e entidades sindicais que ainda não aderiram à campanha internacionalista a ingressar ativamente nestas atividades, conforme calendário a seguir:







- Manifestação com concentração no MASP

(na sequência caminharemos até o Consulado Italiano, na Av. Paulista)

18 de fevereiro, sexta-feira, às 17 horas



- Plenária ampliada com entidades, movimentos e representações políticas:

19 de fevereiro, sábado, às 15:00

Espaço Mané Garrincha

Rua Silveira Martins, 131, sala 11.



- Saída da caravana a Brasília

22 de fevereiro, terça-feira, 16 horas



- Ato político em Brasília e visita a Cesare Battisti

23 de fevereiro, quarta-feira



A liberdade de Cesare Battisti depende exclusivamente de nossa capacidade de luta! Junte-se a nós!



Comitê Battisti Livre - SP

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Israel envia a Mubarak armas para dispersar multidões

http://parallaksismundo.blogspot.com/2011/02/israel-envia-mubarak-armas-para_10.html

Os sionistas dão mais uma prova de que desrespeitam a soberania dos povos vizinhos e seu direito de escolher como querem viver. Agora querem reprimir as manifestações da população egípcia contra o regime de Mubarak, na tentativa de mantê-lo no poder.
A Rede Internacional para os Direitos e o Desenvolvimento afirmou que apoio logístico israelense foi enviado ao presidente do Egito, Hosni Mubarak, para ajudar seu regime a enfrentar as manifestações públicas exigindo sua deposição. Segundo relatórios da organização não-governamental, três aviões israelenses aterrissaram no Aeroporto Internacional do Cairo no sábado, carregando equipamentos perigosos para dispersar multidões e reprimi-las.
O comunicado da Rede Internacional afirma que as forças de segurança egípcias receberam a carga completa de três aviões israelenses que carregavam uma quantidade abundante de gás internacionalmente proibido para dispersar multidões. Se as notícias forem precisas, indicam que o regime egípcio está se preparando para o pior em defesa da sua posição, apesar do naufrágio país no caos.
No domingo, 30 de janeiro, o primeiro-ministro sionista Benjamin Netanyahu dirigiu-se aos ministros do governo israelense em uma declaração pública dizendo: "Nossos esforços visam a manutenção continuada da estabilidade e da segurança na região ... e devo lembrar que a paz entre Israel e Egito durou mais de três décadas ... atualmente trabalhamos para garantir a continuidade dessas relações ... Estamos acompanhando o desenrolar dos acontecimentos no Egito e na região em alerta ..."
O primeiro-ministro sionista pediu aos ministros do governo israelense que se abstenham de fazer quaisquer declarações adicionais para a mídia.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Israel bombardeou a Faixa de Gaza, de Novo

Os sionistas continuam a aterrorizar a população de Gaza e a deixá-la cada vez mais desamparada.

Nesta quarta-feira, 9 de fevereiro, aviões israelenses realizaram uma série de ataques aéreos na Faixa de Gaza e destruíram um armazém onde era guardado material médico.


Os ataques começaram pouco depois da meia-noite e acertaram vários pontos da faixa costeira, de Jabaliya, no norte, até a fronteira de Rafah com o Egito, ao sul.


Incêndios devastaram o armazém até as primeiras horas da manhã, apesar do trabalho de bombeiros e voluntários, que ainda tentaram salvar suprimentos médicos.


Uma oficina de carpintaria vizinha ao armazém também foi afetada pelos bombardeios.


O porta-voz dos Serviços de Emergência, Abu Adham, afirmou que oito civis foram feridos pelas bombas israelenses, incluindo duas crianças e três mulheres.


As vítimas foram levadas para o hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza.
Abu Adham salientou que já existe uma grave escassez de remédios e suprimentos médicos no território palestino, em consequência do bloqueio israelense.


Em sua avaliação, o ataque aéreo alvejou a armazém na tentativa de subjugar ainda mais a população civil.


Os caças-bombardeiros F-16 israelenses também dispararam dois mísseis em um aterro vazio no sudeste da cidade de Gaza.


Ali não foram registradas vítimas com ferimentos físicos.


Dois homens ficaram feridos no sul da Faixa de Gaza.


Esse ataque é parte da limpeza étnica que os sionistas praticam contra os palestinos, uma vez que dificulta e interdita o tratamento de doentes, causando sofrimento físico e psicológico, incapacitação e morte.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Carta ao Gilberto Gil para aderir ao Boicote Cultural a Israel

3 de Fevereiro de 2011

Querido Gilberto Gil,

Como admiradores de longa data da sua música e cientes de seu compromisso com a liberdade e justiça social, e como ativistas ficamos surpresos e incomodados ao saber que você pretende fazer um show em Israel em abril.
Como parte do chamado da sociedade civil palestina em 2005 para o Boicote, o Desinvestimento e Sanções (BDS) e inspirado pelo boicote cultural ao apartheid na África do Sul, o povo palestino pede a artistas internacionais a se juntarem ao movimento BDS cancelando shows e eventos em Israel, que só servem para igualar o ocupante ao ocupado e, portanto, promover a continuação da injustiça. Em outubro do ano passado o Sul Africano Desmond Tutu, consagrado com o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o Apartheid, apelou a ópera de seu país a cancelar a apresentação agendada em Israel. Um show em Israel enfraquece a chamada para o BDS até que Israel cumpra os requisitos básicos do direito internacional, pondo fim à ocupação militar, à tomada de terras e construção de novas colônias nos territórios palestinos, respeitando os direitos humanos e os direitos dos refugiados.

A participação em um show em Israel não é um ato neutro, desprovido de qualquer mensagem política. Como disse o falecido Howard Zinn: você não pode ser neutro em um trem em movimento. Ao participar de um evento em Israel, você estará apoiando a campanha israelense para encobrir violações do direito internacional e projetar uma imagem falsa de normalidade. Qualquer afirmação que você deseje fazer através da sua participação neste evento seria ofuscada pelo fato de que você está atravessando um piquete internacional estabelecido pela grande maioria das organizações da sociedade civil na Palestina. Na verdade, uma mensagem de paz justa atingiria muito mais pessoas, incluindo israelenses, se você cancelar a sua participação.

Desde a guerra de Israel contra Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, que deixou 1.400 palestinos mortos e conduziu o relatório Goldstone a declarar que Israel cometeu crimes de guerra, muitos artistas internacionais se recusaram a tocar em um país que se coloca acima dos direitos humantos e do direito internacional. Após o ataque de Israel a um navio de ajuda humanitária com destino a Gaza em maio do ano passado, o número de artistas cresceu. Elvis Costello, Gil Scott Heron, Carlos Santana, Roger Waters, Devendra Banhart, e os Pixies são apenas alguns dos artistas que se recusaram a realizar shows em Israel no ano passado.

Pedimos-lhe para se juntar à lista crescente de artistas que tem respeitado o pedido de boicote.

Durante as últimas décadas, a partir do movimento dos Direitos Civis nos EUA até os movimentos anti-guerra em todo o mundo, quando os nossos governos não conseguem deter as pessoas responsáveis por graves violações dos direitos humanos, nós temos a responsabilidade de fazê-lo. O Sul Africano Desmond Tutu disse que "se o apartheid na África do Sul terminou, esta ocupação também terminará, mas a força moral e a pressão internacional terão de ser tão determinadas quanto". A chamada palestina para o BDS chega a partir da sociedade civil palestina até a sociedade civil em todo o mundo, incluindo Israel, para aderir a este movimento de libertação.

Ficaremos felizes em discutir isso mais a fundo com você, e apoiá-lo no quer for necessário. Nós estamos simplesmente pedindo que você faça isso de uma maneira a não prejudicar o crescimento global liderado pelo movimento BDS da causa palestina. Com todo o respeito por seu legado de resistência na ditadura militar brasileira, pela liberdade e contra o racismo no mundo nós te convidamos a participar dessa luta por justiça e cancelar seu show em Israel no mês de abril.



Com grande respeito,

FRENTE EM DEFESA DO POVO PALESTINO
Abib - Associação Beneficente Islâmica do Brasil
Apta - Associação para Prevenção e Tratamento da Aids
Associação Islâmica de São Paulo
Casa da América Latina
Comitê de Solidariedade aos Povos Árabes
Conlutas - Coordenação Nacional de Lutas
Elac - Encontro Latino Americano e Caribenho de Trabalhadores
ICArabe - Instituto da Cultura Árabe
Intersindical
Jornal Al Baian
Juventude Novos Palmares
Liga da Juventude Islâmica
Mopat - Movimento Palestina para Todos
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
Revolutas
SBM - Sociedade Beneficente Muçulmana
Sociedade Palestina de São Paulo
Ujaal - União da Juventude Árabe para a América Latina
UNI - União Nacional de Entidades Islâmicas
Uemb - União dos Estudantes Muçulmanos do Brasil
DCE da USP - Universidade de São Paulo

Adalah-NY: The New York Campaign for the Boycott of Israel
Americans Against Apartheid UK
Arab Cultural Forum
Artists Against Apartheid UK
Association of Al-Quds Bank for Culture and Information
BDS Platform in the Netherlands
Birthright Unplugged
Boston BDS
BOYCOTT! Supporting the Palestinian BDS Call from Within (Israel)
British Committee for the Universities of Palestine (BRICUP)
Cafe Intifada
Canadian Arab Federation
Coalition Against Israeli Apartheid (CAIA), Toronto
Davis Committee for Palestinian Rights
Don’t Buy Into Apartheid
Don’t Play Apartheid Israel (DPAI)
Educators for Peace and Justice (Toronto)
Fredericton Palestine Solidarity (New Brunswick)
Independent Jewish Voices (Canada)
International Jewish Anti-Zionist Network (IJAN)
International Solidarity Movement (ISM)
Ireland Palestine Solidarity Campaign
Jews for Boycotting Israeli Goods (J-BIG)
Jews Say No!
Los Angeles Palestine Labor Solidarity Committee
Not in Our Name: Jews Opposing Zionism
One Democratic State Group
Palestine Solidarity Committee-Seattle
Palestine Solidarity Group-Chicago
Palestinian Students Campaign for the Academic Boycott of Israel (Gaza)
Queers Against Israeli Apartheid (QuAIA), Toronto
Queers Undermining Israeli Terrorism (QUIT)
Sheffield Palestine Solidarity Campaign (UK)
Students Against Israeli Apartheid Carleton
Tadamon! Montreal
University Teachers’ Association in Palestine
US Campaign for the Academic and Cultural Boycott of Israel
US Campaign to End the Israeli Occupation
WESPAC Foundation
Women in Solidarity with Palestine (WSP), Toronto
Women of a Certain Age

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Refugiados Palestinos - O Brasil recebeu... mas não ACOLHEU

Segue os principais tópicos que justificam afirmar que os palestinos trazidos do campo de refugiados de Ruweished (Jordânia) foram ABANDONADOS no Brasil, por AUSENCIA DE UMA POLÍTICA ESPECÍFICA brasileira para receber reassentados palestinos, vítimas de perseguição mortal quando os Estados Unidos invadiu o Iraque, onde esses nossos irmãos palestinos se encontravam reassentados:

Na verdade, os tópicos listados abaixo são CONSTATAÇÕES FACTUAIS que DETERMINARAM o abandono dos reassentados palestinos no Brasil e a impossibilidade de UNIDADE POLÍTICA entre eles.

1- Foram trazidos no Programa de Reassentamento Solidário, em três grupos, separados, entre setembro e outubro de 2007 e reassentados em estados distantes entre si: Mogi das Cruzes/SP e Venâncio Aires/RS;

2- O programa se mostrou totalmente equivocado;

3- Prazo do programa de apenas dois anos;

4- Foram instalados em casas alugadas, ao invés de o governo lhes disponibilizar casas que começassem a pagar, com subsídio governamental, somente após um nível satisfatório de adaptação e integração social, em condições de trabalhar, resolver problemas burocráticos como qualquer brasileiro e livres da condição de hiposuficiência;

5- Ausência de assistência especial aos idosos e deficientes;

6- Aulas de português sem metodologia e apenas seis horas por semana, que tinham ainda que conciliar com a necessidade de trabalhar ou optar por uma das duas coisas, por insuficiência do auxílio subsistência pago pela ACNUR-Brasil;

7- Ausência de acompanhamento (visitas às famílias) permanente e avaliação periódica durante o processo de adaptação;

8- Despreparo para o trato com refugiados por parte dos funcionários contratados pelas ONGs responsáveis pelo acompanhamento local;

9- Inobservância quanto aos direitos estabelecidos no Estatuto do Refugiado, por parte da própria ACNUR-Brasil e das ONGs católicas gestores do programa;

10- Ausência de assistência de intéprete;

11- Ausência de assistência jurídica;

12- Ausência de assistência psicológica;

13- Ausência de assistência odontológica;

14- Assistência médica quase nula por falta de intérprete - causa principal de algumas das mortes ocorridas;

15- Ausência de auxílio funeral. Sete já faleceram, sendo cinco dos reassentados em Mogi das Cruzes;

16- Ausência de orientações quanto aos seus direitos e deveres;

17- Atraso na expedição de seus documentos;

18- Ausência de preparação aos agentes públicos para o atendimento aos refugiados;

19- Modelo de gestão tripartite (CONARE, ACNUR-Brasil e ONGs católicas), sem especificação de responsabilidades, civil e criminal;

Resta a suspeita de que tenha sido até proposital criar essa situação, pela forma como foi elaborado o programa de reassentamento no Brasil, dos palestinos de Ruweished.







Ao lado, foto do sr. Hamdan,
um dos 7 já falecidos. Faleceu
em 19/10/2009, em Brasília,
onde permaneceu acampado,
juntamente com outros palestinos.
Determinado, lutou até o fim,
sem esmorecer, na defesa dos
direitos dos palestinos reassentados
no Brasil.
Creative Commons License