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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Refugiados Palestinos - O Brasil recebeu... mas não ACOLHEU

Segue os principais tópicos que justificam afirmar que os palestinos trazidos do campo de refugiados de Ruweished (Jordânia) foram ABANDONADOS no Brasil, por AUSENCIA DE UMA POLÍTICA ESPECÍFICA brasileira para receber reassentados palestinos, vítimas de perseguição mortal quando os Estados Unidos invadiu o Iraque, onde esses nossos irmãos palestinos se encontravam reassentados:

Na verdade, os tópicos listados abaixo são CONSTATAÇÕES FACTUAIS que DETERMINARAM o abandono dos reassentados palestinos no Brasil e a impossibilidade de UNIDADE POLÍTICA entre eles.

1- Foram trazidos no Programa de Reassentamento Solidário, em três grupos, separados, entre setembro e outubro de 2007 e reassentados em estados distantes entre si: Mogi das Cruzes/SP e Venâncio Aires/RS;

2- O programa se mostrou totalmente equivocado;

3- Prazo do programa de apenas dois anos;

4- Foram instalados em casas alugadas, ao invés de o governo lhes disponibilizar casas que começassem a pagar, com subsídio governamental, somente após um nível satisfatório de adaptação e integração social, em condições de trabalhar, resolver problemas burocráticos como qualquer brasileiro e livres da condição de hiposuficiência;

5- Ausência de assistência especial aos idosos e deficientes;

6- Aulas de português sem metodologia e apenas seis horas por semana, que tinham ainda que conciliar com a necessidade de trabalhar ou optar por uma das duas coisas, por insuficiência do auxílio subsistência pago pela ACNUR-Brasil;

7- Ausência de acompanhamento (visitas às famílias) permanente e avaliação periódica durante o processo de adaptação;

8- Despreparo para o trato com refugiados por parte dos funcionários contratados pelas ONGs responsáveis pelo acompanhamento local;

9- Inobservância quanto aos direitos estabelecidos no Estatuto do Refugiado, por parte da própria ACNUR-Brasil e das ONGs católicas gestores do programa;

10- Ausência de assistência de intéprete;

11- Ausência de assistência jurídica;

12- Ausência de assistência psicológica;

13- Ausência de assistência odontológica;

14- Assistência médica quase nula por falta de intérprete - causa principal de algumas das mortes ocorridas;

15- Ausência de auxílio funeral. Sete já faleceram, sendo cinco dos reassentados em Mogi das Cruzes;

16- Ausência de orientações quanto aos seus direitos e deveres;

17- Atraso na expedição de seus documentos;

18- Ausência de preparação aos agentes públicos para o atendimento aos refugiados;

19- Modelo de gestão tripartite (CONARE, ACNUR-Brasil e ONGs católicas), sem especificação de responsabilidades, civil e criminal;

Resta a suspeita de que tenha sido até proposital criar essa situação, pela forma como foi elaborado o programa de reassentamento no Brasil, dos palestinos de Ruweished.







Ao lado, foto do sr. Hamdan,
um dos 7 já falecidos. Faleceu
em 19/10/2009, em Brasília,
onde permaneceu acampado,
juntamente com outros palestinos.
Determinado, lutou até o fim,
sem esmorecer, na defesa dos
direitos dos palestinos reassentados
no Brasil.

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