08 de julho de 2011 • 09h13 • atualizado às 09h33
Aproximadamente 50 viajantes simpatizantes da causa palestina que pretendiam voar a Tel Aviv para depois chegar a Gaza protestaram nesta sexta-feira no aeroporto Roissy Charles de Gaulle de Paris depois que tiveram o embarque negado, e se queixaram do tratamento que receberam aos meios de comunicação.
Os passageiros, que não tiveram permissão para entrar nos aviões por figurarem em uma lista de "indesejados" elaborada pelas autoridades israelenses, tentaram impedir nesta manhã o acesso dos demais viajantes a um voo da companhia alemã Lufthansa com destino a Israel.
"Tenho um passaporte legal, comprei minha passagem, por que não me deixam passar?", reclamava uma das afetadas à emissora de rádio "France Info", em um clima de forte tensão entre os ativistas e os outros passageiros.
"É inadmissível, pelo menos nos deixem ir a Tel Aviv", afirmava um jovem, que denunciou a conivência das autoridades francesas e das companhias aéreas com Israel.
Outro passageiro com acesso negado acrescentou: "Temos o passaporte em dia, não somos terroristas, não temos antecedentes criminais, isso é intolerável".
A mesma situação ocorreu uma hora mais tarde com um segundo voo da companhia italiana Alitalia.
Trata-se de uma das medidas que Israel adotou nos últimos dias para impedir a chegada de ativistas pró-palestinos ao país, coincidindo com a tentativa de organização da pequena frota humanitária à Gaza, que pretende chegar ao território palestino para levar ajuda e protestar pelo bloqueio israelense.
Uma parte dos ativistas tenta chegar a Tel Aviv pelo ar, de onde pretendem se deslocar a Gaza.
Israel enviou uma lista às companhias aéreas na qual figuram mais de 300 pessoas às quais não vai deixar entrar no país e ameaçou as companhias aéreas afirmando que assumiriam os custos caso fosse necessário repatriá-las.
Alguns dos militantes declararam que querem apresentar uma denúncia por discriminação por opinião política
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