11 de julho de 2011 • 06h13 • atualizado às 06h51
O Parlamento israelense (Knesset) debaterá nesta segunda-feira uma lei que imporá multas a quem promover boicote econômico, cultural ou acadêmico às colônias judias em território palestino, seus moradores ou seus produtos, o que provocou a ira entre muitas ONGs israelenses.
A iniciativa deveria ser votada hoje, mas poderia ser adiada a pedido do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para que a aprovação da controvertida norma não coincida com a reunião do Quarteto para a Paz no Oriente Médio (EUA, Rússia, ONU e UE), que estudará em Washington as possibilidades de lançar uma nova iniciativa de paz para o Oriente Médio.
Espera-se que o assessor legal da Knesset, Eyal Yinon, torne pública hoje sua opinião sobre a proposta legislativa, que considera poder violar o direito à liberdade de expressão e o direito a protestar, informa o jornal israelense Haaretz.
A maior parte dos partidos que formam a coalizão de governo mostrou seu apoio à iniciativa, proposta pelo deputado Zeev Elkin, do direitista Likud, que não terá os votos da oposição.
Um grupo de intelectuais israelenses, entre os quais se encontra o reputado escritor Amós Oz, enviou uma carta a vários legisladores pedindo sua oposição à "lei do boicote", ao considerar que "os assentamentos estão fora das fronteiras do Estado de Israel e, portanto, são ilegais
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