Morre o segundo palestino da leva de refugiados que chegou ao Brasil em 2007
Do UOL Notícias
Em São Paulo
O refugiado palestino Handam Mahmoud Abu Sitta, 65, morreu nesta segunda-feira após passar dias internado no Hospital da Universidade de Brasília, onde deu entrada com uma crise respiratória
Ele fazia parte do grupo de 115 palestinos que estavam em campos na Jordânia, Iraque e Líbano e receberam asilo no Brasil em 2007. Inicialmente enviado para Mogi das Cruzes, município da Grande São Paulo que recebeu 56 desses refugiados, Abu Sitta era um dos integrantes da comissão que protestou e acampou em Brasília exigindo melhor tratamento para os refugiados por parte do Itamaraty e da ONU.
Esta é a segunda morte dentro do grupo que recebeu abrigo no Brasil. Em agosto último, Nusha El Loh morreu de pneumonia em Mogi.
Os palestinos e grupos que auxiliam refugiados apontam descaso por parte do governo federal, das Nações Unidas e inclusive da Cáritas, organização católica responsável que recebeu a missão de amparar os refugiados. As autoridades, por seu lado, negam falta de assistência.
Atualmente, os palestinos negociam com a Prefeitura de Mogi das Cruzes para que o município auxilie mais ativamente na adaptação do grupo ao cotidiano da cidade.
Muitos palestinos apresentam problemas de saúde pelas condições em que viveram nos campos durante os recentes conflitos no Oriente Médio.
do UOL Notícias
Esta é a segunda morte dentro do grupo que recebeu abrigo no Brasil. Em agosto último, Nusha El Loh morreu de pneumonia em Mogi.
Os palestinos e grupos que auxiliam refugiados apontam descaso por parte do governo federal, das Nações Unidas e inclusive da Cáritas, organização católica responsável que recebeu a missão de amparar os refugiados. As autoridades, por seu lado, negam falta de assistência.
Atualmente, os palestinos negociam com a Prefeitura de Mogi das Cruzes para que o município auxilie mais ativamente na adaptação do grupo ao cotidiano da cidade.
Muitos palestinos apresentam problemas de saúde pelas condições em que viveram nos campos durante os recentes conflitos no Oriente Médio.
do UOL Notícias
2 comentários:
É de fato, uma imensa infelicidade. A morte do senhor, Sr. Hamdam. É claro que a morte dele traz questionamentos graves a cerca de o que ocorreu com ele nos dois anos que esteve em nosso país. É extremamente interessante notar, que com tantas pessoas querendo ajudar, tantas pessoas, supostamente "interessadas" na vida deste velinho tão querido - ele permaneceu dois anos morrando em situação de rua, numa situação extremamente degradante até para os niveis Brasileiros.
Fico me perguntando, tantos amigos. E nada foi feito. Gostaria de participar do debate, cercando a morte dele. Gostaria de propor uma nova hipotese. Todos nos sabemos que nosso país é pobre, mas não deixa de oferecer uma vasta gama de serviços sociais com nosso governo de esquerda. Sabemos também, que o pouco que a ONGs podiam oferecer, ofereceram - moradia, alimento, tratamento, dignidade.
Então, porque, Al hamdu lillah, esses tantos amigos o deixaram na rua.
Proponho a seguinte hipotese: A morte dele se deve exclusivamente pelas pessoas que o manipularam a ficar acampados na rua em Brasília por tanto tempo. Essas pessoas, em vez de assegurar uma vida digna para um velinho sem abrigo, preferiam deixaram-lo na rua, aonde sofreu o calor intenso do planalto central, e ainda, aumentando o seu estoque de cigarro. Infelizmente, concluo que a morte dele foi induzida. Uma acusação forte eu sei, mas que tem um um certo grau de verdade. Hoje me pergunto se esses triste fim não foi pre-meditado deste o início. É uma vergonha uma advogada fazer uma coisa dessas - tentar satisfazer o seu ego sob uma falsa bandeira - e no final, prejudicando tanto uma pessoa que a leva a morrer. Inaceitável. O Brasil deveria se envergonhar. Não por não poder dar a assistência necessária para um refugiado, mas por ter pessoas como essas.
Gostaria de parabenziar este blog por ter anunciado a morte desta pessoa fantástica que era o Sr. Hamdan. Conheci ele em Mogi, acompanhei de longe sua trajetória. E deve ter um monte de pessoas, ou pessoa, com uma carga de culpa bastante pesada.
O anônimo do comentário anterior, poderia apresentar-se, por favor?
Senão, eu vou ficar pensando que é alguém da Cáritas, do ACNUR-Brasil ou do CONARE que têm todos os recursos e a atribuição de dar toda a assistência necessária aos refugiados, mas, negligenciou do começo ao fim.
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